Em minha primeira infância habitei lugares muito particulares. Em meio a uma casa grande e cheia, fui muitas vezes mais chegada ao silêncio.
Então compareci e consagrei pequenos universos expontâneos que abriam conforto, davam chão, espaço, uma conexão com algo de lúdico, primordial pra mim. Tudo o que vejo se traduzirem hoje no meu interesse pelo minimalismo, as casas miúdas, a ilustração e o desenho, a vida na mochila, a liberdade profunda, os retiros, o silêncio, o escuro, o estar só.
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Fiz essas pinturas ao longo desse último mês, aqui na Tailândia. Pra não esquecer de me lembrar de certas coisas que sempre estiveram.
Porque às vezes, em meio ao turbilhão e a turbulência, fica difícil de retornar ao que persiste em nós, ao que sempre esteve, àquilo que diz de um eixo de paz que só encontramos dentro. E esteve ali desde sempre. Com outras caras, capas, texturas. Mas as mesmas formas e estruturas. . . . . A cama de puxar, que só se fazia ver à noite. . A mesa de desenho que montei dentro do armário, meu lugar seguro para trabalhar em meus projetos e artes. . Aquele terrário. As suculentas, os cactos e seus espinhos – sedutores e perigosos para os dedos finos de criança. A contenção do vidro, o pequeno universo em si mesmo. . Meu esconderijo favorito, embaixo da mesa da sala de estar, onde ia para ficar sozinha, pra chorar ou pra fazer cocô em paz (na fralda, claro kk). O sofá da sala dos fundos, onde eu ia “ler” (só imagens) e ouvir música, ver os passarinhos do pátio. . . . . . . .
ontem entrei num prédio que sempre passo pela frente e me deparei com essa parte interna dele, onde tem uma abertura, muitas plantas, e uma sensação de vizinhança que eu mal podia imaginar, quando passo toda semana por ali…
#18 mundinhos de minha infância
Em minha primeira infância habitei lugares muito particulares. Em meio a uma casa grande e cheia, fui muitas vezes mais chegada ao silêncio.
Então compareci e consagrei pequenos universos expontâneos que abriam conforto, davam chão, espaço, uma conexão com algo de lúdico, primordial pra mim. Tudo o que vejo se traduzirem hoje no meu interesse pelo minimalismo, as casas miúdas, a ilustração e o desenho, a vida na mochila, a liberdade profunda, os retiros, o silêncio, o escuro, o estar só.
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Fiz essas pinturas ao longo desse último mês, aqui na Tailândia. Pra não esquecer de me lembrar de certas coisas que sempre estiveram.
Porque às vezes, em meio ao turbilhão e a turbulência, fica difícil de retornar ao que persiste em nós, ao que sempre esteve, àquilo que diz de um eixo de paz que só encontramos dentro. E esteve ali desde sempre. Com outras caras, capas, texturas. Mas as mesmas formas e estruturas.
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. A cama de puxar, que só se fazia ver à noite.
. A mesa de desenho que montei dentro do armário, meu lugar seguro para trabalhar em meus projetos e artes.
. Aquele terrário. As suculentas, os cactos e seus espinhos – sedutores e perigosos para os dedos finos de criança. A contenção do vidro, o pequeno universo em si mesmo.
. Meu esconderijo favorito, embaixo da mesa da sala de estar, onde ia para ficar sozinha, pra chorar ou pra fazer cocô em paz (na fralda, claro kk).
O sofá da sala dos fundos, onde eu ia “ler” (só imagens) e ouvir música, ver os passarinhos do pátio.
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esse foi bem simples. so pra não deixar de pegar num pincel hoje.